Sete regras podem ser incorporadas ao futebol em julho deste ano.
A Fifa e a International Board (IFAB) vão ser reunir em Surrey, na Inglaterra,
para votar as mudanças. Quem sugeriu as leis foi uma força-tarefa liderada por
Beckenbauer, e que tem Pelé como vice-presidente. O principal objetivo é tentar
aumentar o jogo limpo.
Mas uma das mudanças não sugere isso totalmente. Atualmente,
quando um jogador paralisa um lance de clara situação de gol, é expulso. A
força-tarefa sugere que isso acabe. Para o ex-árbitro José Roberto Wright, um
absurdo.
“A Fifa diz que há tripla punição (pênalti, expulsão e suspensão),
o que é correto. Vai voltar àquele anti-jogo, quando o jogador agarrava o outro
para parar a jogada”, explica Wright.
Outra proposta que causa discussão é a obrigatoriedade do cartão
amarelo em qualquer pênalti, seja qual for a gravidade de infração.
“É coerente. O defensor impediu o adversário de finalizar, ou de
fazer uma jogada de linha de fundo, nesse caso, eu acho que é válido. É a falta
mais grave do jogo, que é a penalidade máxima”, acredita.
AS PROPOSTAS
Substituição extra: Atualmente são permitidas apenas três
substituições durante uma partida de futebol, mesmo com prorrogação. A mudança
prevê uma nova troca de jogadores, caso haja um tempo extra. Seria a quarta
substituição no jogo.
Mais jogadores: Um banco de reservas é composto por sete
jogadores. Não há obrigação de preencher totalmente o grupo. Para dar mais
opções aos treinadores, a Força-Tarefa sugere que até 12 jogadores possam
compor a lista de suplentes.
Último homem: Se o jogador está em situação clara de marcar o
gol e é impedido de forma ilícita, o infrator é expulso. Acaba a
obrigatoriedade de dar cartão vermelho ao defensor. É a medida mais polêmica
destas mudanças.
Cartão amarelo em pênalti: Quando um jogador comete
um pênalti, o cartão amarelo é dado ou não de acordo com a gravidade da
infração. Ao marcar o pênalti, o juiz será obrigado a aplicar no mínimo o
cartão amarelo, independente da jogada feita.
Bola ao chão: Após o jogo ser interrompido e reiniciado pela
bola ao chão, é constituído como um tiro direto. Entra em discussão se continua
valendo uma finalização direta para o gol, a regra pode ficar mais complexa
Véu para equipes islâmicas: No ano passado, a Fifa
vetou o uso de véus em times e seleções femininas, que sejam da religião
muçulmana. A medida será discutida. A ideia é achar um meio-termo para
respeitar a religião, sem atrapalhar o rendimento.
Spray: Já há alguns anos, o spray é utilizado para
demarcar o local em que a barreira vai ficar, mas só na América do Sul. O uso
do spray é considerado bem sucedido, e pode ser utilizado também em todas as
competições.
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